
Blog sobre história em quadrinhos (banda desenhada, comics), super-heróis, supervilões e o que engloba esse universo ficcional.
sábado, 24 de dezembro de 2011
Feliz Natal

domingo, 20 de novembro de 2011
Quadrinhos na Cultura
A programação no domingo começará às 15h., com uma oficina de história em quadrinhos para crianças a partir de 7 anos. E o evento terminará com bate-papo com Gabriel Góes, às 16h., sobre a obra 1000-1, uma coletânea de história mudas feitas por diversos autores brasileiros.sábado, 8 de outubro de 2011
Tá pra sair... Zoo 2
Já comentei aqui, em post anterior, aquela que considero a melhor história em quadrinhos de Brasília que já li, também uma das melhores nacionais: Zoo. A sequência da trilogia, publicada pela HQM editora, será lançada na 18ª Fest Comix, evento que ocorrerá em São Paulo, nos dias 14, 15 e 16 de Outubro. Como já estamos próximos da realização do evento, resolvi publicar aqui uma entrevista, concedida por Nestablo Ramos, o autor de Zoo (história e ilustrações), que serve como uma prévia para aqueles que, assim como eu, estão só esperando o lançamento para dar continuidade à leitura.
NESTABLO RAMOS - Sim, Hardock é uma das caras novas que vai pintar. Por hora só posso dizer que ele é um lutador de Vale-Tudo e que chegou pra arrebentar! Literalmente! (risos). Tem também Sabin, um babuíno sinistro com intenções misteriosas. Só lendo pra ver, cara! (risos).
FICÇÃOHQ - Atiçando a curiosidade da galera, hein? Para terminar, na minha opinião, a primeira Zoo foi marcada por algumas reviravoltas, a partir de revelações que foram feitas ao longo da história. Existem muitas revelações na Zoo 2? Que mudam o que o leitor está acreditando acerca da história?
NESTABLO RAMOS - Sim, existem reviravoltas e muitas surpresas, marca registrada de Zoo. Algumas revelações sobre o primeiro livro serão mostradas, é preciso estar atento a tudo, pois algumas estão nas entrelinhas. Para quem gosta de mistérios, é uma boa hora de deixar o Sherlock interior vir à tona! (risos). Está na hora de pensarem mais sobre suas teorias e formular algumas novas, se colocar no lugar dos personagens e pensar no que fariam no lugar deles. Acho que é bem por aí!FICÇÃOHQ - Mais alguma coisa que queira dizer aos leitores?
NESTABLO RAMOS - Espero que Zoo esteja trazendo novas perspectivas a todos sobre os temas abordados e que seja apreciado com o mesmo carinho que foi criado. Abração a todos e nos vemos na Zoo 2!!!
Agradeço a colaboração de Nestablo Ramos, respondendo nossas perguntas e disponibilizando algumas imagens inéditas de divulgação do novo álbum: Zoo - Jogos de caçadores.
sábado, 1 de outubro de 2011
Nona Arte










terça-feira, 19 de julho de 2011
O Tempo nas Histórias em Quadrinhos: subvertendo a ordem de leitura

A frase que abre este post é retirada do capítulo IX de Watchmen. Dr. Manhattan se refere a sua própria percepção do tempo, mas eu digo que esta frase na verdade pode se referir a esta mídia específica chamada (no Brasil) de histórias em quadrinhos e diz respeito tanto à sua ordem de leitura quanto à sua passagem do tempo.

Inicialmente, ao tratar da passagem no tempo nos quadrinhos, vamos falar da forma utilizada por Fernando Gonsales para alongar o tempo em uma de suas tiras de Níquel Náusea. Em vez de utilizar o padrão de três ou quatro painéis, o autor preferiu pegar um deles e dividi-lo em seis quadros menores, aumentando o "espaço" a ser percorrido pelo olhar do leitor, fazendo-o, assim, demorar-se mais enquanto acompanha quadro a quadro toda a trajetória lentamente percorrida pelo caramujo. O alongamento do tempo se dá devido à contemplação individual de cada leitor em cada painel desenhado.

Utilizando um exemplo de los hermanos argentinos, neste caso de Liniers, podemos verificar um caso em que a leitura não segue o padrão canônico apresentado por Eisner no início deste post. Nesta tirinha, chamada sugestivamente de Esquina, os dois personagens caminham em sentidos opostos até se encontrarem no meio. O tempo, neste exemplo, seguiria então a direção das bordas para o centro, onde o passado restaria nos extremos esquerdo e direito da tirinha, sendo o presente encontrado no centro de atenção do metaquadro. Ao leitor caberia a oportunidade de, prostrando-se de frente ao desenho por inteiro, voltar seu olhar tanto para a esquerda quanto para a direita, e desta forma acompanhar a trajetória de cada um dos personagens ao longo do tempo, do presente para o passado ou do passado até o fatídico beijo eternizado na esquina da diagramação proposta.


Voltando para a obra de Scott McCloud, no capítulo de seu livro em que trata sobre o tempo nos quadrinhos, o autor nos apresenta esta imagem bastante alegórica acima. Todo o desenrolar dos eventos ao longo deste quadro único é desencadeado por um flash disparado pela máquina fotográfica do Tio Henry. Esta foto causa a reação do casal fotografado, o que por sua vez gera o comentário da senhora com o champanhe em mão, que por sua vez ocasiona a intervenção de sua filha, culminando no apontamento maldoso de um dos senhores jogando xadrez. Digo alegórica porque, apesar de à primeira vista este quadro aparentar, como uma fotografia, um momento congelado no tempo, na verdade não se trata de um momento único, mas sim de vários eventos capturados na mesma imagem, cada um com sua duração distinta do outro (denotada pelos balões de fala e o tempo gasto pelo leitor para ler cada um). Neste quadro específico, o leitor possui a capacidade de, tal qual o Dr. Manhattan, perceber no mesmo instante vários momentos diferentes, da esquerda para a direita, sendo exposto ao mesmo tempo ao passado e ao futuro, tanto à causa quanto a seus efeitos. Esta é uma característica marcante dos quadrinhos, a capacidade de expor uma narrativa tanto sequencial como simultaneamente.


Outros exemplos do caráter simultâneo e sequencial desta mídia, mas bem mais antigos, de 1934, são de páginas dominicais de uma tirinha chamada Gasoline Alley, de Frank King. O autor escolheu ambientalizar sua história num mesmo cenário, fixo, em que se transcorreria toda sua narrativa (um buraco de piscina, no primeiro caso, e uma construção, no segundo) e inseriu seus personagens percorrendo todo o metaquadrinho ao longo do tempo (no segundo exemplo, um casal sendo perseguido* por um sujeito de chapéu). Importante salientar que, enquanto o segundo caso se foca na sequencialidade da perseguição, no primeiro há pequenas historietas autocontidas e fechadas em cada quadrinho, havendo o enfoque na simultaneidade. Neste último, novamente é como se o leitor, imbuído da percepção temporal única do Dr. Manhattan, percebesse simultaneamente os vários instantes percorridos pelos três amigos num mesmo espaço.






sábado, 2 de julho de 2011
Representação e representatividade no mundo dos super-heróis
Também apresentei um tema, sobre representação e representatividade nos quadrinhos dos super-heróis. Meu plano era o de escrever um post relacionado ao tema da palestra, já estava até com um rascunho quase pronto. Porém, como o Rodrigo não pôde estar na palestra e pediu para que filmasse, pensei: já que tenho a apresentação inteira gravada, posso fazer um post diferente. Em vez de texto e imagens, como sempre fizemos, áudio e filmagem. Sendo assim, coloco aqui para vocês a palestra na íntegra, que dura 21 minutos.
Meus agradecimentos à coordenação do evento, pela oportunidade, e meus parabéns, pelo sucesso. Lembrando que o evento contou com o apoio do Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Pós-Graduação em Literatura da UnB, e foi organizado pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, cujo site é http://www.gelbc.com.br/ . Lá podem ser lidos os artigos referentes à I Jornada, e dentro de um pouco mais que um mês poderão ser lidos, no site, artigos dos palestrantes sobre os temas abordados na II Jornada.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Musa Nerd












terça-feira, 24 de maio de 2011
Algumas leituras recentes
Oceano é a primeira da lista porque foi a que mais gostei. Há que se considerar que eu já estava com vontade de comprá-la há um tempo, que eu gosto da estética do espaço sideral e que gosto de Warren Ellis. Mas nem por isso quer dizer que não teria senso crítico em relação a obra, além do que minha expectativa já estava alta, somando todos os fatores.Transmetropolitan
RED
O Invencível Homem de Ferro: Extremis
Saio das obras de Ellis, mas como falei no Homem de Ferro, começo a sequência Marvel, já com um grande autor, que é Alex Ross. Comentei em post anterior a qualidade de suas obras em uma das minhas favoritas, que é Os maiores super-heróis do mundo. Em Tocha, a arte não é dele, nem o roteiro, mas a história foi escrita por ele e Mike Carey. Não sei se por influência do pintor de quadrinhos ou não, a história ficou bem legal. Ele tira da sepultura (embora não tenha sido o primeiro) o Tocha Humana original (aquele da Segunda Guerra Mundial, que lutou ao lado do Capitão América e Namor) e remonta o quebra-cabeça de sua origem. Dá um novo ar ao personagem, que não retornou com sua compaixão, e um drama especial em relação a sua própria longevidade, além de colocá-lo dentro de uma história, no mínimo, peculiar. Vale a pena essa minissérie em duas edições, mesmo para aqueles que não acompanharam a história do Tocha original ou não se interessam muito pelo personagem, como eu.Magneto: Testamento
Wolverine: Inimigo de Estado
Boa história. Ambientada no cenário mais atual da Marvel, com a retomada do conceito Wolverine: máquina de matar. Um tanto exagerada, como não é raro nos roteiros de Mark Millar. Enredo bem amarrado, conta com a participação também de outros personagens do universo Marvel e consegue prender a atenção e interesse do leitor. Fazia tempo que eu não lia Wolverine. Desde que ele se tornou o personagem megapop da Marvel, tendo história própria, nos X-Men e também nos Vingadores, enjoei um pouco. Wolverine: Inimigo de Estado, porém, valeu a pena.Enciclopédia Marvel: Surfista Prateado
Muito boas as histórias desse encadernado. Bem ao estilo Liga da Justiça mesmo - grandiosas, ameças cataclísmicas -, com o estilo do Grant Morrison, autor que eu particularmente gosto. É verdade que só li as histórias porque foram escritas por ele (eu e o Rodrigo, atualmente, compramos mais pelos nomes dos autores do que pelos personagens da capa). Histórias de aventura, também um tanto exageradas, em uma formação da Liga com alguns dos personagens mais marcantes da DC. Já li algumas edições posteriores, que vão além do encadernado, e vejo que vale a pena. Tomara que não interrompam a publicação dos encadernados no Brasil, que a Liga da Justiça de Grant Morrison não fique apenas no volume 1.EntreQuadros #1
Zoo
Eu sou Legião
Um Sinal do Espaço
The Boys: o Nome do Jogo
Taí uma revista que trabalha a metalinguagem já em sua proposta. Trata-se de uma história em quadrinhos sobre alguém que faz história em quadrinhos. A história real de sua luta incansável para produzir quadrinhos. Em determinados momentos, trechos do Escapista - personagem que ele resgatou do fundo do baú - em situações que representam o próprio autor, tentando se livrar das dificuldades e problemas que apareceram no caminho. Os escapistas retrata o verdadeiro sonho de muitos leitores de quadrinhos, que não é o impossível "ser um herói com superpoderes", e sim o de trabalhar com quadrinhos, ou criar seu próprio personagem e que ele faça sucesso. De quebra, ainda é uma miniautobiografia (acho que bati meu recorde de prefixos nessa) do autor. Recomendo para leitores que tenham esse sonho.





