domingo, 21 de janeiro de 2018

Dossiê TUDO sobre Pantera Negra


Pantera sempre foi um personagem sobre o qual eu queria saber mais, mas infelizmente aqui no Brasil pouca coisa foi publicada sobre ele, geralmente apenas suas participações nos Vingadores ou outros eventos. Correndo atrás das edições solo do herói-rei, minha vibe completista me fez querer ir mais... Depois de correr atrás de TODAS as aparições do Pantera Negra nos quadrinhos (e ler por volta de umas 300 edições ao todo)*, pensei em compartilhar e resumir marromeno, pra quem quiser se inteirar, o personagem antes do filme que estreia em fevereiro agora. 
* lista gigante ao final deste email (gigante tb)

O PROTAGONISTA: da linhagem real de Wakanda, T'Challa é um polímata que não herdou, mas conquistou o título de Pantera Negra, líder político e também espiritual de seu povo. Primeiro super-herói negro da história (tanto é que uma revista dele aparece brevemente no filme O Mordomo da Casa Branca, num momento "piscou, perdeu"), criado por Stan Lee e Jack Kirby em 1966, meses antes do Partido dos Panteras Negras. A depender da versão, o avô de T'Challa foi o primeiro Pantera Negra ou, mais comumente mencionado, a linhagem dos panteras já existia desde o início da fundação de Wakanda, milhares de anos atrás. 

PODERES: PhD em várias áreas (inclusive inventando uma nova área de conhecimento ele próprio), uma das 8 mentes mais inteligentes do planeta (e estamos falando de um universo que tem Reed Richards e Tony Stark), atleta soberbo, o Pantera possui, com a bênção do Deus Pantera e após o ritual de ingestão da erva-coração, coordenação, agilidade e reflexos sobre-humanos, além de sentidos superaguçados (capaz de enxergar no escuro, por exemplo) e é considerado the best tracker in the world (e estamos falando de um mundo onde existe Wolverine e Demolidor). Mais tarde é instituído que seus sentidos não são bem físicos, mas quase espirituais, sendo ele capaz de rastrear até a alma de um indivíduo. Capaz de se recuperar de lesões muito mais rápido que um ser humano normal (dependendo da versão ele precisa passar pelo ritual sagrado da erva-coração a cada nova injúria para tanto). Também dependendo da versão, apenas a linhagem real de Wakanda consegue consumir a erva-coração sem se envenenar no processo. Mestre da furtividade, pode esconder inclusive seus próprios pensamentos de poderosos telepatas. Em 2012 ele ganhou o poder de acessar o conhecimento de todos os Panteras Negras que já existiram também.

O PAÍS: Wakanda, a fictícia nação mais avançada tecnológica e moralmente do planeta, é o único lugar do mundo onde existe o raríssimo minério chamado vibranium, com propriedade de absorver vibrações (e estratégicos possíveis usos nas indústrias de transporte, armamentista e espacial, entre outras). Jamais conquistada, extremamente isolacionista, de difícil localização de suas bordas e fronteiras, o Ocidente quase acredita ser uma lenda. Dependendo da versão e dos retcons, ou foi T'Chaka quem expandiu o país tecnologicamente, ou foi T'Challa, ou ela SEMPRE foi assim (tendo sequenciado o DNA humano, por exemplo, dez anos antes que o mundo). Dependendo da versão, também, Wakanda pode ser autossuficiente e autossustentável ou sua economia se basear quase que inteiramente no comércio de vibranium. Mantém uma relação instável entre sua tradição e cultura milenares e os avanços ultratecnológicos modernos, assim como é instável a relação entre as diversas tribos que integram o país, mantidas coesas principalmente pelo culto ao Deus Pantera.

ALIADOS importantes
T'Chaka: pai, anterior Pantera, morto por Klaw.
Ramonda: "mãe" (na verdade a mãe de T'Challa morreu no parto, mas Ramonda quem o criou).
Shuri: irmã mais nova, embora somente introduzida após os anos 2000, uma gênio como o irmão em várias áreas, mais para frente torna-se ela mesma a nova Pantera Negra.  
as Dora Milaje: elite feminina de guarda-costas do rei de Wakanda. Inicialmente eram na verdade "noivas em treinamento" para o rei de Wakanda, extraídas de cada tribo do país para servir a realeza e pacificar e contrabalancear o peso de poder entre as tribos, mas depois caíram para o aspecto puro de simples guarda-costas (em CA:Guerra Civil há o início de uma possível hostilidade entre uma delas e Viúva Negra, e o Pantera até brinca "isso seria interessante"). Para serem guarda-costas de um cara fodão, as bichas são beeeeem fodonas também!
Everett K. Ross: liaison entre o Departamento de Estado americano e Wakanda, incumbido de escoltar e acompanhar T'Challa (no filme interpretado pelo "Hobbit" Martin Freeeman, já tendo aparecido em CA:Guerra Civil).
W´Kabi: chefe de segurança de Wakanda.
Zuri: conselheiro de T'Challa, amigo de seu pai, um dos guardiões das tradições wakandanas e um dos maiores guerreiros do país (interpretado no filme por Forest Whitaker). 


INIMIGOS:
Klaw: mais conhecido nas HQs como Garra Sônica, seria o principal inimigo do herói pois matou, nos quadrinhos, o pai dele. Interessado nas reservas de vibranium de Wakanda.
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Erik Killmonger:verdadeiro match tanto física quanto taticamente para o Pantera, planeja dar um golpe e tomar o país por se achar o verdadeiro mantenedor da cultura wakandana. Excelente estrategista, carismático político, geneticamente engendrado para ser fisicamente superior, nunca foi derrotado mano a mano pelo Pantera. Provavelmente o principal antagonista no filme (interpretado por Michael "Tocha Humana" B. Jordan).







M'Baku:conhecido nas HQs como Homem-Gorila (mas que por motivos óbvios nunca será chamado assim no filme). Apesar de ter um background religioso bastante interessante, já que vem da única tribo em Wakanda dissensora que não acredita no Deus Pantera, mas sim no ilegal culto ao Gorila Branco, é quase sempre tratado apenas como um vilãozinho físico genérico a ser batido pelo Pantera (principalmente quando este está entre os Vingadores).


PRINCIPAIS ARCOS:

Quarteto: estreando numa edição de Quarteto Fantástico, Pantera logo de cara já derrota os quatro sozinho, usando de conhecimento de área e preparação (lembra alguém? mas esse alguém só seria reconhecido por isso uns dez anos depois...). Já nessa época o visionarismo da dupla Lee e Kirby mostram a nação africana como o suprassumo da tecnologia do mundo, surpreendendo até mesmo Reed Richards. Após algumas aparições em Quarteto Fantástico, o Pantera reaparece em edições do Capitão América, onde ele ganha a confiança e o respeito do Capitão de sorte que é recomendado por ele a entrar nos Vingadores. 
Interessante ser o Capitão quem o introduz aos Vingadores, pois no universo cinematográfico num filme do Capitão América que o Pantera foi introduzido. Outra curiosidade: quem criou as asas do Falcão, parceiro do Capitas, foi o Pantera Negra nas HQs. Possivelmente no filme ele quem fará um novo braço biônico para o Soldado Invernal.

Vingadores e DD: uma das mais fracas presenças do Pantera, sempre relegado ao "carinha ágil com sentidos apurados", sombreado por Homem de Ferro, Visão, Thor e outros poderosos, sendo toda a parafernália e os gadgets de seu uniforme da primeira aventura com o Quarteto esquecidos... Interessante mencionar suas aparições em histórias do Demolidor. O Pantera rapidamente descobre a identidade secreta do DD (não só por seus sentidos aguçados como também por dedução), o que acaba criando um laço entre os dois heróis que se fará sentir mais à frente. 
  

Jungle Action/Marvel Premierepor mais preconceituosa que possa parecer, sim, existia essa revista chamada Jungle Action na década de 70, e nela apareceram as primeiras histórias solo do Pantera. Nesta fase que nos é apresentado Erik Killmonger e, um pouco mais à frente, o Pantera enfrenta nada menos que a Ku Klux Klan. Foi o arco que fez bastante sucesso no meio universitário norte-americano, tornando o Pantera um personagem cult, e também bastante aclamado pela crítica especializada (embora nunca tenha sido um sucesso de vendas). 



Pantera Negra volume 1 (1975): A primeira revista com o título do Pantera na capa na verdade foi com a volta de Jack Kirby pra Marvel. Apesar de Kirby não gostar de trabalhar com personagens repetidos e querer sempre inventar coisas novas, deram-lhe o Pantera para trabalhar, e uma série de histórias mutcho locas aparecem nos 13 primeiros números (na vdd vc poderia colocar qualquer outro herói ali no meio que não faria diferença). Nesses altos conceitos kirbyanos que nos são apresentados pela primeira vez os King Solomon's Frogs, com imprevisíveis poderes sobre tempo e espaço, agora de posse de Wakanda.

Team-ups: sem uma revista solo novamente, Pantera aparece em vários títulos e fazendo parcerias com diversos outros heróis, como Aranha, Homem de Ferro e, obviamente, o Quarteto Fantástico novamente. Em umas edições de Capitão América, por exemplo, Falcão busca o Pantera para criar suas asas. Ah, num retcon somos mostrados em Marvel Team-up #100 que T'Challa conheceu Ororo (a Tempestade dos X-Men) quando adolescentes, e ambos tiveram uma caidinha um pelo outro (o que reverberará anos depois). Por volta desta época Wakanda abre sua primeira embaixada internacional, nos EUA (o que vai facilitar a justificativa de se ter o Pantera rodeando NY sempre). Interessante a primeira interação entre Wakanda e Atlântida (numa edição dos Defensores), bem belicosa e tensa, tom que vai permear quase todas as interações entre seus regentes, Pantera Negra e Príncipe Namor, numa relação de estabilidade instável que vai culminar em ambos os lados tomando medidas drásticas no futuro.

Black Panther vol.2: na realidade uma minissérie em 4 partes, é o arco mais místico do herói até então, mostrando sua reação quando o Deus Pantera corta laços com seu maior seguidor e lhe deixa de fornecer seus poderes e bençãos. Margeando essa história, mais uma questão politizada aparece, com o apartheid sendo mostrado, mas num país fictício "vizinho de Wakanda" (aparentemente qualquer país africano é convenientemente vizinho de Wakanda).

Marvel Comics Presents: longuíssimo arco em 25 partes, em que o Pantera invade sozinho, para não causar um incidente internacional, a África do Sul em busca de Ramonda, sua "mãe", que estava sendo mantida cativa há décadas enquanto se achava que ela estava morta. O racismo é mais explícito nesta história, que é até meio pesada em seus temas e violência. Uma constante nesses arcos solos de Jungle Action, MCP e no próximo é o quanto o Pantera é atingido e ferido e, mesmo continuamente machucado, continua resistindo, inexorável. Talvez fosse uma marca do herói, sobrevivente, ser resiliente e persistente e combativo. Isso mudará na excelente(!!!) fase de Christopher Priest em 1998.

Panther's Prey: história bastante verborrágica (aliás, assim como as de Jungle Action e de MCP anteriormente, talvez características da época, e por isso mesmo, assim como essas outras duas, às vezes até cansativa), mas com desenhos e cores marcantes. O design de Wakanda é bem trabalhado, estabelecendo alguns marcos visuais que permanecem até hoje nas representações do país. Pela primeira vez é apresentada uma questão bastante pertinente para qualquer monarquia: a questão do herdeiro. O chefe de segurança de Wakanda questiona os atos heroicos do rei pois qualquer bala de que ele não consiga se desviar põe em risco toda a linhagem e a sucessão wakandana. Porém, com o cancelamento de uma possível continuação chamada Panther's Vows, essa questão real foi deixada para escanteio e nunca mais abordada. 

Participações especiais: durante os anos seguintes o Pantera fez participações especiais em títulos os mais diversos da Marvel (alguém aqui já tinha ouvido falar em Black Axe ou Knights of Pendragon, por exemplo? Bom, eu não), até mesmo Cable e Deathlok (ambas participações até legais). Algumas histórias alcançam maturidade geopolítica maior, e muitas vezes é questionada a dependência do país pelo vibranium, e até mesmo as reações do mercado internacional às flutuações do raro metal, e em alguns casos até mesmo as reações internas do povo wakandano em relação à política de exportação do rei. Neste momento vários vilões se apresentam interessados em sintetizar o próprio vibranium ou obter lucro com isso (como Ultron, o Rei do Crime Wilson Fisk, Dr. Destino, a corporação Roxxon, a IMA e, é claro, Klaw). Neste momento também é estabelecido que na Terra Selvagem, na Antártida (lar de Kazar) também existe um isótopo de vibranium, porém muito mais pobre e instável. Somos apresentados também ao fato de que o Pantera é tido como modelo para muitos heróis norte-americanos, principalmente afrodescendentes como Luke Cage (ainda guarda semelhança com empoderamento e representatividade no mundo real 30 anos depois agora com o lançamento do filme). 


BLACK PANTHER v3 (1998): o arco definitivo de T'Challa, o melhor run do Pantera sem sombra de dúvidas! Poderia falar dessas circa 50 edições quase o mesmo tanto que já falei em todo esse email, se alguém quiser iniciar a ler alguma coisa do Pantera, pode começar por aqui, e se alguém só quiser ler uma única coisa do bicho, pode terminar junto com esse volume também que já tá mais que suficiente. Po, esse volume recompensou toda a leitura anterior até agora e me fez virar fã do personagem (e do escritor, Christopher Priest tb)! Ele tomou duas decisões narrativas excelentes: primeiro ele fez o Pantera NUNCA ter balões de pensamento entregando o que ele estava pensando, aumentando o ar de mistério em torno do personagem e não nos permitindo visualizar seus estratagemas e planos de antemão; e segundo ele introduziu o carismático personagem Everett K. Ross (que estará no filme), servindo de ligação entre o leitor (vindo de um mundo branco americano-ocidental democrático moderno) e o Pantera (vindo de um mundo negro africano monárquico ultratecnológico). Além do mais, depois de três décadas Priest finalmente pensou "po, se o cara tem a supremacia sobre o metal mais poderoso do mundo, porque diabos ele não o usa?" e introduziu filamentos de vibranium em toda a extensão de seu uniforme. Essa versão é a que vai aparecer no filme, pois em CA:Guerra Civil vemos como o uniforme dele é a prova de balas, absorvendo a energia cinética dos projéteis lançados em sua direção. Priest criou as Dora Milaje, em seu papel inicial não só de meras guarda-costas, e também inventou os Kimoyo Cards, cartões identificadores que funcionam não só como GPS mas também como comunicadores e também como microcomputadores com interfaces wireless com qualquer dispositivo eletrônico (e lembrem-se que estávamos em 1998, quando nem celulares existiam direito no Brasil, e os que existiam eram aqueles tijolões com tela verde, e o cara introduziu o conceito de um fucking finíssimo cartão** assim...). Além de tudo isso, é exatamente aqui que o Pantera adquire a fama de fodão dos fodões, o "Batman" da Marvel, extremamente preparado e praticamente imbatível, com a vantagem sobre o Bruce de ter a riqueza de TODO UM PAÍS, e na verdade o país mais rico do mundo, em suas mãos, hehehe. As primeiras edições ainda trazem uma narrativa não linear que lembra algumas vezes o estilo tarantinesco Pulp Fiction, o que só agrega mais ainda em excelência. Um fator adicionado no mythos do Pantera da qual eu não gostei muito foi a introdução dos Hatut Zeraze, a polícia secreta de Wakanda, liderada pelo inventado agora irmão adotivo de T'Challa chamado White Wolf.
Nesta fase é finalmente revelado que o Pantera só integrou os Vingadores para espioná-los de dentro. É pincelado uns tais Protocolos Galactus que Wakanda guarda para dar cabo do Devorador de Mundos caso resolva aparecer(!), o que será utilizado não neste mas em outro run à frente. São aprofundadas várias relações diplomáticas de T'Challa com outros monarcas superpoderosos (e muitas vezes duvidosos) como Magneto, à época líder de Genosha, Namor e principalmente Dr. Destino. Todos os vilões antigos do Pantera aparecem em algum momento, os Solomon Frogs idem, e algumas brigas muito boas com outros heróis também rolam, como contra Punho de Ferro e a fenomenal contra o Homem de Ferro, uma batalha física, tecnológica, financeira, estratégica e mental ao mesmo tempo! No primeiro arco Pantera enfrenta e despacha ninguém menos que Mefisto! É ler pra crer, e não vão se arrepender. Recomendadíssimo!

** quase tão impressionante quanto Jack Kirby ao inventar as Caixas Maternas para os Novos Deuses, isso em 1971! Verdadeiras precursoras do que hoje os celulares fazem (quando as caixas eram de bolso e não aqueles engradados mostrados no filme da Liga da Justiça).



Black Panther v4 (2005): O final do volume anterior termina com o Pantera abdicando de seu título e a história passando a seguir (por decisões editoriais) um policial que encontrou alguns pedaços de tecnologia e uniforme de T'Challa e as usa. A pegada policial é até interessante, mas acaba com um tom melancólico o até então excitante volume anterior. Neste novo volume tudo é desfeito, Pantera aparece como se nada tivesse ocorrido. Apesar de o primeiro arco "Quem é o Pantera Negra?" ser legalzinho, para mim pessoalmente já começa com vários erros. Primeiro a descaracterização total de Everett K. Ross, agora um burocrata frio quase irreconhecível do personagem do volume anterior. Segundo pelo falso tom de reboot, reinventando (ou tentando) as origens de Klaw e sua ligação com Wakanda, inclusive até mesmo modificando alguns vilões antigos da Marvel, como Homem-Radiativo. Neste volume que somos apresentados pela primeira vez a Shuri, irmã de T'Challa. Depois deste primeiro arco a revista do Pantera basicamente entra em modo tie-in de todos os eventos da Marvel e descamba só refletindo esses eventos principais, tais como House of M, A Iniciativa, Reino Sombrio e Doomwar. Dignas de nota são as ligações com a Guerra Civil dos quadrinhos, em que o Pantera assume uma postura neutra e Wakanda se torna local de encontro pacífico entre os dois lados "em guerra" durante o (finalmente) casamento de T'Challa com Ororo***; e a com Invasão Secreta, em que vemos pela primeira vez como Wakanda consegue lidar e derrotar todos que tentam invadi-la (no caso, os Skrulls, com uma tecnologia rival à do país africano), numa história de movimentações e decisões de batalha e estratégias de guerra até bem legais. 

*** Bem legal para o desenvolvimento da Tempestade finalmente tornarem-na uma rainha, pois todas as vezes em que os X-Men encontravam alguma figura régia (como Dr. Destino, Raio Negro, Namor) ou nobre (como Drácula, Loki) esses caras meio que se apaixonavam por ela e falavam como ela tinha um porte de uma verdadeira rainha. Infelizmente isso não dura muito...

Quarteto Fantástico #542–553inseri esses pq, depois da Guerra Civil das HQs, Sr. Fantástico e Mulher-Invisível se reconciliam e saem em segunda lua de mel, e enquanto Reed e Sue estão fora eles convidam o Pantera e a Tempestade para substituírem-nos no Quarteto. Então essa é a fase em que T'Challa vira momentaneamente o líder do Quarteto Fantástico! Essa fase é escrita por Dwayne McDuffie, o criador do Super-Choque, e o bicho é fã do Pantera, como demonstrado em como ele substitui Reed de igual e, em algumas vezes, até melhor, sempre preparado pra qualquer eventualidade e com gênio científico pareando o do Sr. Fantástico. Neste arco vemos finalmente os Protocolos Galactus sendo usados! Ororo se mostra uma rainha perfeita pro Pantera, não só por ser poderosa pra cacete como também por ser uma líder inconteste e uma oradora carismática, justa e confiante. As histórias são bem aventurescas, típicas das do Quarteto, nada de mais, mas bem bacaninhas. O ponto fraco fica por conta da cena da chave de braço da luta do Pantera contra o Surfista...



Black Panther v5 (2009)Após a recusa em entrar na Cabala, conclave secreto de supervilões nos moldes dos Illuminati (ao qual Pantera já tinha declinado também) dos heróis, num ataque de Destino T'Challa é deixado comatoso e sua irmã Shuri assume manto do Pantera. Acordando do coma, T'Challa busca outros meios místicos para enfrentar Destino, e é aqui que ele desenvolve o novo campo de estudo chamado Shadow Physics. Na minissérie a seguir, Doomwar, quando Dr. Destino descobre as propriedades místicas que vibranium pode oferecer, ele tenta roubar Wakanda. Num gâmbito desesperado, T'Challa é obrigado a tornar inerte TODO o vibranium do planeta, na prática extinguindo o metal como ele existia e como o conhecemos (acabando com toda a vantagem que Wakanda tinha sobre o mundo e deixando o país à beira da pobreza). 

BP: The Man Without Fear/The Most Dangerous Man Alive: envergonhado e derrotado após a vitória pírrica sobre Destino, T'Challa se autoisola em NY e substitui Demolidor como protetor da Cozinha do Inferno (tomando "emprestado" o título do DD nos números 513 a 529 quando o Demônio se ausenta em também exílio autoimposto), tentando se testar back to basics, sem vibranium nenhum e sem título de realeza alguma, só confiando em suas habilidades. É um arco bem noir e pé no chão, sem muito desenvolvimento a mais (além da recuperação de sua autoconfiança sem a "dependência" tecnológica associada). Interessante foi a participação especial de T'Challa no run do Quarteto Fantástico de Jonathan Hickman (#607 e 608), em que o Deus Pantera, na forma da deusa egípcia Bast, confere a T'Challa o título de Rei dos Mortos (já que agora Wakanda é governada por sua irmã) e o poder de invocar o conhecimento de todos os seus antecessores, já prevendo grandes tragédias no futuro do país.  



Guerras e incursões e volume 6: novamente sem um título próprio, a figura do Pantera Negra se torna mais global, e até mesmo cósmica, com o dilúvio de Wakanda, a guerra contra a Atlântida e destruição da mesma, o sacrifício de Shuri, a morte de Namor em retaliação, as Incursões de universos paralelos colidindo, e finalmente o fim e reboot do universo durante as últimas Guerras Secretas, que fogem bastante ao escopo desse resumo. De modo geral, o que acontece é que Wakanda volta a ser a mesma, com vibranium e tudo o mais, T'Challa volta a ser o rei, e ganha novamente um título próprio em 2016. 
Este volume 6 trouxe insatisfações internas dentro do país, o que obriga T'Challa a repensar seu governo de forma mais representativa, o que é uma evolução se pensarmos na democracia finalmente alcançando a dita nação mais moderna do mundo. Nele também somos apresentados aos kimoyo beads (braceletes holográficos que seriam uma evolução dos kimoyo cards, bem intrigantes). De outra sorte, Shuri é renascida, tendo acesso ao Djalia, um mundo dos sonhos onde se encontra a memória coletiva de Wakanda. Pelos trailers do filme, possivelmente alguma cena do filme se passe em Djalia. 


Clipe sugerido: Pantera Negra (Emicida) https://youtu.be/Xi1BfosGv2E

Todas as edições lidas:


Fantastic Four 52–53, 56, Annual 5, 119, 241, 311-312 (e vários outros)
Tales of Suspense 97–99 
Avengers 52, 62, 87, 100, Annual 2… (e vááários outros)
Daredevil 62, 69 , 99, Annual 4, 245
Captain America 170-171, 414-417
Marvel Team-up 19-20, 87, 100, Annual 7
Marvel Two-in-one 40-41
Solo Avengers 19
Jungle Action 6–24
Black Panther v1 1-15
Marvel Premiere 51–53
Defenders 84-86
Contest of Champions 1,3
MCP 13–37
Marvel Super Heroes 1
Panther's Prey 1-4
Iron Man Annual 5
Amazing Spider Man Annual 25, Spectacular Spider Man Annual 11, Web of Spider Man Annual 7
Knights of Pendragon 14-18
Marvel Fanfare 60
Excalibur 59-60
Deathlok 22-25
Black Axe 5-7
Fantastic Force 1,4-5,10-15
Thunderstrike 20
Over the Edge 6
Fantastic Four Unlimited 1
Cable 54
Black Panther v3 1-62
The Crew 1-7 
Marvel Knights 4 #21
Wolverine 41
Hulk 333
Magneto Rex
Spider-Man/Human Torch 5
X-Men 175-176
Fantastic Four 544-550, 607-608
New Avengers Illuminati 1
Black Panther v4 1-41, Annual
Black Panther v5 1-12
Age of Heroes
Doomwar 1-6
Wolverine (2013) 8
Klaws of the Panther 1-6
Black Panther/Captain America: Flags of Our Fathers 1–4
Black Panther 2099
Black Panther: The Man Without Fear 513–529
Black Panther v6 1-18
World of Wakanda 1-6
Black Panther and the Crew 1-6
New Avengers (v3) 1-33
Secret Wars
(New) Ultimates 1-12

(New) Ultimates2 1-10

2 comentários:

Unknown disse...

Uma análise detalhada do filme todo, adorei. Killmonger era meu personagem favorito. Michael B. Jordan é um ótimo ator. Seus trabalhos sejam impecáveis e sempre conseguem transmitir todas as suas emoções. Ele fará um ótimo trabalho em seu novo projeto. Na minha opinião, Fahrenheit 451 será um dos mehores filmes de drama de este ano. O ritmo do livro é é bom e consegue nos prender desde o princípio. O filme vai superar minhas expectativas. Além, acho que a sua participação neste filme realmente vai ajudar ao desenvolvimento da história.

Anônimo disse...

Mariana, concordo contigo, Killmonger foi um excelente personagem, e Michael B. Jordan mandou muito bem. Também estou com a expectativa alta para Fahrenheit 451!