quarta-feira, 16 de junho de 2010

O pior inimigo do Batman

   Ele está presente nos piores momentos do Batman. Destrói o personagem como nenhum outro, atacando da forma mais vil possível: acabando com a reputação do herói. Não, eu não estou falando do Coringa. Este é o melhor inimigo do Batman, a ponto de roubar a cena do Cavaleiro das Trevas nas telonas. Estou falando do PIOR inimigo do Batman: o Robin.

    A tradição dos parceiros mirins data de vários anos. A principal influência foi a Família Marvel, que acompanhava o Capitão Marvel, na época um personagem de estrondoso sucesso que colocou no chinelo a até então insuperável popularidade do Super-Homem. O Capitão ainda era da Fawcett, e constituía basicamente o único personagem popular da editora. Aí alguém (provavelmente um espertinho do marketing) teve a brilhante ideia de multiplicar o personagem para multiplicar as vendas, criando versões do mesmo personagem, com a diferença de serem mais novos, mulher ou até animal. O problema é que deu resultado (as pessoas realmente parecem gostar de mais do mesmo), o que desencadeou um processo de criação de outras "famílias" pelo universo super-heroico afora. Daí que o Super-homem também teve seu Superboy, Supermoça, Krypto (o supercão) e por aí vai. O mesmo ocorreu com o Batman.

   Só que o tempo passou e os personagens apêndices foram sendo descartados, até mesmo porque os quadrinhos aos poucos deixavam de ter um público infanto-juvenil para ter um público adulto. E essa visão de personagens adolescentes podia ser muito divertida para quem podia fantasiar-se no papel daquele herói juvenil, mas não se encaixava em um cenário mais adulto. Simplesmente não é crível! Assim, nas reformulações da DC, os personagens foram transformados ou, de alguma forma, aposentaram. O Krypto nunca existiu (para isso existe um recurso chamado continuidade retroativa). O Kid Flash envelheceu e assumiu o lugar do Flash, quando este morreu. Um dos poucos casos de mirins na Marvel, o Bucky, não foi "ressuscitado" junto com o Capitão América quando este foi trazido de volta ao universo da editora (pelo menos não na época). O primeiro Robin - Dick Grason - envelheceu e tornou-se o herói Asa Noturna. Legal... A DC estava se ajustando. O problema é que o Robin é um fantasma que persiste!

   Pense comigo: você um super-herói. Portanto, sua preocupação é proteger as pessoas. Você, herói, enfrenta ameaças a própria vida em nome desse ideal. Arrisca-se, machuca-se, enfrenta situações extremamente difíceis, de grande impacto físico e psicológico. Entretanto, você não é uma pessoa qualquer, é um herói, dispõe-se a enfrentar tudo isso e manter-se em sua incessante luta contra a vilania e a injustiça, por ter enraigado dentro de você um grande senso de dever e responsabilidade. Aí aparece um adolescente na sua frente e diz que quer ser seu parceiro. Você diz que tudo bem? Vai expor um adolescente a todo esse impacto psicológico, a toda espécie de dano físico e constante risco de morte? O Bucky em si é uma incoerência narrativa, assim como qualquer outro mirim.


   O Robin é ainda pior, porque o Batman não tem nada a ver com parceiros-mirins. Aliás, o Batman não gosta de parceiros. Mesmo na Liga da Justiça, ele não está sempre presente, e quando está, fica nas trevas, à parte dos outros membros. Em muitas ocasiões, deixa de se envolver em algum problema porque está cuidando dos seus próprios (ou seja, Gotham City). E com frequência age paralelamente ao grupo, traçando seus próprios planos (muitas vezes, de contingência), agindo de sua própria maneira etc. Ele é um cruzado solitário! Mas... tudo bem. Ele também age constantemente com a equipe e até tem um histórico de parceria com o Super-Homem. Um Robin é outra coisa... Primeiro, porque o Batman não gosta de parceira, só faz por necessidade. Segundo porque ele não precisa de alguém para guardar suas costas (na Liga, ele que guarda as costas dos demais). Terceiro, ele é sorrateiro, move-se nas sombras. É meio ridículo fazer isso acompanhado de um pivete com um uniforme todo colorido. Quarto, ele é responsável. Assume cargas até maiores do que pode suportar, para não arriscar os demais. Quinto, ele é sombrio. Não combina com um trapezista jovial... Enfim! São vários os motivos, dentro do perfil do personagem, que faz com que ele não tenha um parceiro mirim.

   Já ouvi que Robin se mantém pelo simbolismo que ele representa na vida do herói. A infância de Batman foi arrancada dele na ocasião da morte de seus pais. Ali, a criança morreu. O Robin representaria, então, a infância perdida do Batman (veja aqui neste post do Rodrigo uma visão interessante sobre "a função" do Robin). Legal... Só que essa infância está em constante ameaça. Se a questão é preservar a infância, ou mesmo resgatá-la, mais um motivo para o Batman pensar: "De jeito nenhum! Eu até posso ter algum parceiro, mas em hipótese nenhuma um adolescente. Não quero que ele perca a infância que eu não tive". E não é isso que o Batman faz? Tenta dar a oportunidade para que as pessoas tenham o que ele não teve? Sua motivação não é algo como evitar que outros passem pelo sofrimento que ele passou?


   A morte de um dos Robins pelas mãos do Coringa é uma prova do risco a que o Batman expõe qualquer um de seus parceiros mirins. O Coriga matou Jason Todd (o segundo Robin) às marretadas (Batman - morte em família). E isso não foi, na minha visão, apenas mais uma maluquice do palhaço. Foi um aviso! O Batman está realmente disposto a assumir essa responsabilidade? Na visão de Grant Morrison, aparentemente, o herói sabe disso. Em uma alucinação, Batman sonha com um futuro em que o Coringa diz: "Quantos Robins preciso matar pro velhote se tocar...?" (Os Melhores do Mundo nº15).
   Tudo isso, porém, só caracteriza a incoerência e a falta de verossimilhança na existência e persistência do Robin. Não o coloca na posição de pior inimigo. Por que, então, eu disse isso? Simples: onde o Robin aparece, estraga tudo. E não estou falando das aventuras. Vamos começar de bastante tempo... A antiga série de TV do Batman. Era ele e o Robin, não era? Foi um clássico da TV, tudo bem, mas não é exatamente a visão mais fidedigna do Cavaleiro das Trevas. E mesmo os fãs de Batman fazem piadas da série, não só porque ela é antiga, mas por ser paspalhona mesmo. Aliás, um dos grandes chamarizes para as piadas é justamente quem? Vamos pegar também a primeira sequência de filmes do Batman que lançaram... O primeiro foi bom. Muito bom! O segundo também foi legal, manteve a mesma linha. Foi no terceiro - Batman Eternamente - que a coisa começou a desandar... E qual é o personagem que surge nele? O quarto foi uma bosta, digna de pena! Seu título? Batman e Robin. Teve até um desenho animado relativamente recente... Não estou falando do Batman do futuro, mas passava na mesma época na TV. Era um outro, em que as histórias, embora voltadas para o público infantil e principalmente adolescente, eram um pouco sombrias, criavam um clima (atenuado) de terror. Os vilões, em sua maioria, foram reformulados. Era até legalzinho. Estava indo bem, até quem dar as caras na história? Novamente, o Robin mata as histórias do Batman. Até Batman - Bravos e Destemidos, que tem uma abordagem mais infantil e faz referências à visão mais antiga e menos sombria do personagem, corre o risco de extinção no caso de o Robin aparecer. Vamos torcer para que esse fantasma não assombre a nova sequência de filmes do homem-morcego. Não sei se resistiria a um ataque tão devastador...



10 comentários:

Loot disse...

Concordo o Robin é uma desgraça.
Só um aparte o 3º e 4º batman são péssimos mas por causa da abordagem do Shcumacher, acredito que mesmo sem o Robin continuassem a ser uma vergonha.

Detesto estas repetições, batgirl, superwoman, aqualad, mas pronto. O ue não quer dizer que não possam ter boas histórias, mas prefiro heróis originais.

O 1º robin ainda se safou saltando para Nightwing.

Guilherme dos Reis disse...

Concordo plenamente! A abordagem do Shumacher sobre os filmes é que é ruim, mas ela se torna ainda pior porque o Robin faz parte dela. Aliás, quando um diretor ou roteirista pensa em colocar o Robin nas suas histórias, na minha opinião seu gosto já é digno de suspeita.

Loot disse...

ahahah

Tens toda a razão, quando alguém traz a ideia de colocar o Robin num filme temos de nos questionar sobre a sua sanidade mental.

Felizmente tanto Nolan como Bale não querem Robins.

O mais estranho é essa moda ter passado em quase todos mas ter permanecido com uma força incrivel no Batman. logo no batman que é o cavaleiro das trevas AHHHH

Não faz sentido nenhum :(

Luwig disse...

E aí, Guilherme, beleza? Bem, "odiar ou não odiar o Robin, eis a questão", e cá entre nós, uma questão pra lá de controvertida. É um ponto que nós como leitores ou concordamos ou concordamos em discordar. Houve um tempo em que abraçaria a sua maneira de enxergar as coisas em dois tempos, hoje não.

Claro que não resta dúvida que o seriados sessentista e as partes 3-4 da franquia cinematográfica por Joel Schumacher, foram um desserviço incomensurável para a reputação do menino prodígio, mas não esqueçamos que, em ambos os casos, foi um retrocesso generalizado para Gotham City em lato sensu.

Acredito que o seu jeito de pensar tem tudo a ver com o imaginário de Chris Nolan, e não há nada demais nisso. Eu mesmo sigo essa corrente no que toca ao cenário Begins/DK, mas nos quadrinhos? Não, a figura do Robin é um dos principais alicerces da mitologia quiróptera.

Vejamos, existe hoje um abrandamento e uma certa racionalização* dos sidekicks de forma que os roteiristas contemporâneos não seguem mais os ditames coloridos e simplórios de outros tempos. Com o Batman, o vislumbre de um ajudante mirim vai mais além do que os congêneres, e não se trata apenas de uma identificação de tragédias. A princípio tal argumento até teria sido válido, mas aí vieram Barbara, Jason, Tim, Stephanie, Cassandra, Damien e mesmo Carrie e Terry se analisarmos o mito diante de uma macro-cronologia.

(*) http://www.acelayouts.com/uploads/images/2010-06-18/dsalcsPK92.jpg

O que está em jogo não é apenas uma questão de legado, ou o minimalismo puro do vigilante soturno e eternamente solitário, mas um arcabouço familiar desenhado a partir de circunstâncias que nem mesmo o estrategista infalível poderia prever. Hoje, Bruce aceita isso e há inúmeras passagens recentes nesse sentido, inclusive com os membros da referida Liga da Justiça. O Batman é um péssimo pessimista que tem uma missão, é verdade, mas hoje pode ser compreendido também como um pai, um mentor, um sábio que se permite a trocar uma vida de experiências seja estas positivas, ou negativas.

Não faço ideia até onde vão suas vivências com o Robin como ícone, e se conhece a fundo as obras que vou citar agora (e ainda assim tem essa opinião), mas vou indicá-las como sugestões mesmo assim:

- "Robin, Ano Um" (Batman Premium #19-21, E. Abril) de Scott Beatty, Chuck Dixon & Javier Pulido;

- "Robin, Dia Um*" (Batman #32, 5ª série, E. Abril) de Bruce Canwell & Lee Weeks;

(*) http://img253.imageshack.us/img253/7388/robintestegu0.jpg

- "Filho Afortunado" (DC Millennium #1-3, Brainstore) por Gerard Jones & Gene Ha;

- "Asa Noturna, Ano um" (Novos Titãs #14-20, Panini) por Chuck Dixon, Scott Beatty & Scott McDaniel;

- "Matatoa" (Batman #4, 7ª série, E. Abril) por Devin K. Grayson & Roger Robinson;

- "Batgirl & Robin" (Batman #21, Panini) por Scott Beatty & Roger Robinson;

- "Viagem Assassina!*" (Batman #64, Panini) por Paul Dini & Don Kramer;

(*) http://momentohq.blogspot.com/2008/04/atropelamento-fuga.html

- "Batman Manda Ver!" (Wizmania, 2ª série, Panini) por Mike Allred.

- "Ajudante Mirim*" (Superman/Batman #53, Panini) por Paul Pope

(*) http://momentohq.blogspot.com/2010/06/ajudante-mirim.html

Abração.

Guilherme dos Reis disse...

Beleza, Luwig!
Valeu pela participação. Seu comentário com certeza é bastante pertinente. Principalmente pelas indicações de obras. Não as li... Você com certeza conhece o personagem muito melhor que eu. Minha análise foi mais macro, sem analisar tanto a abordagem de roteiristas sobre o personagem ou sua história própria (além de um apêndice do Batman). É verdade que tenho um verdadeiro pavor em relação a personagens mirins, mas a parte da maldição do Robin... é só de sarro! Não uma argumentação séria.
Valeu pela sua contribuição no post. Bem legal que o ponto de vista contrário também tenha lugar.
Grande abraço!

Anônimo disse...

Luwig, você realmente deve ser um dos poucos que defendem a figura do Robin, mas temos de concordar: você o faz com propriedade! Obrigado pelos links ilustrativos e pelas várias indicações de leitura (eu com certeza vou correr atrás - quem sabe até mude de opinião -, hehehe).
Sugiro também dar uma lida no encadernado Inquisição, de Astro City, que apesar de não ser estrelado pela dupla dinâmica, representa bem a relação entre "batman" e "robin" nas figuras do Inquisidor e de Altar Boy. Interessante, e com certeza vale a pena. Porém, paradoxalmente, esse mesmo arco me fez ver o absurdo de se percorrer becos escuros de uma cidade perigosa, à noite, caçando criminosos e vestido todo de preto (ou tons escuros) e acompanhado de um jovem com roupas vivas e berrantes! Po, seria esse o principal motivo de Batman assumir um parceiro-mirim? Utilizá-lo como alvo vivo para atrair a atenção e o poder de fogo dos bandidos e poder fazer seu serviço? Bom, foi a noção que me veio à cabeça, e a partir disso posso dizer que acho que o que mais faz de Robin ser detestado como é (afinal de contas, votaram pra matar o guri, ou pelo menos um deles, né) é sua infeliz escolha de vestimenta. Tudo bem que já limaram a perninha de fora e o sapatinho de duende de seu uniforme*, a capa preta por fora é bem mais racional (e segura), mas o amarelo por dentro e as cores ainda sinto serem um entrave à sua aceitação como parte do mundo soturno do morcegão...
(*) http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/b/b3/BratPack.jpg/250px-BratPack.jpg

Mas é claro que deve haver boas abordagens sobre o garoto (quem quer que seja), ele estar ao lado dO Cara não deve ser à toa, certo? Não existem personagens ruins, apenas histórias mal escritas. Vou seguir as recomendações apresentadas. Valeu, Luwig!
(A imagem acima é uma das capas de Brat Pack, uma obra que trata de maneira crua e pessimista a relação dos sidekicks, por Rick Veitch).

Luwig disse...

E aí, Rodrigo, tudo tranquilo? Pois bem, tenho tanto 'Astro City: Inquisição' do Kurt, quanto 'Brat Pack' do Rick. Em ambos os casos, leituras recomendadíssimas, inclusive temos aqui um vislumbre de duas correntes muito distintas sobre os sidekicks. Já que fomos mais além na discussão, se não leu, leia também a primeira colaboração entre Grant Morrison & Frank Quitely, 'Flex Mentallo'. Jaz ali também umas ótimas tiradas sobre parceiros mirins*.

(*) http://www.acelayouts.com/uploads/images/2010-06-30/yM988TCXvi.jpg

Unknown disse...

Por um lado, ainda existem jovens leitores por aí que querem personagens como eles na página. Mais importante, porém, eles ainda carregam o mesmo valor narrativo de suas contrapartes adultas. Eles podem explorar temas que afetam os jovens de uma maneira que parece enlatada com heróis adultos. No entanto, o elemento mais forte do sidekick vem do conceito de mentoria. Muitas vezes, devido às habilidades e conexões feitas por meio de seu relacionamento com seus super-heróis, o ajudante é mais capaz de enfrentar os desafios da vida e crescer como ser humano. Com isso em mente, aqui estão vários companheiros importantes da DC Comics que se beneficiaram com o tempo que passaram com seus mentores.

Dick Grayson: o primeiro parceiro.
De muitas maneiras, Dick Grayson resume o arquétipo do sidekick. Sua história de fundo espelha de perto a de seu mentor, Batman, e ele tem muitas das mesmas habilidades. Sua utilidade como um jovem inspirou amplamente a tendência massiva de companheiros que se seguiriam após sua aparição em 1940. Com base em várias análises psicológicas de Batman é um ser humano quebrado. Sua incapacidade de superar a morte de seus pais levou a uma dissociação vitalícia da sociedade em geral. Ele não tem espaço para nada além de sua guerra contra o crime, e isso o torna amplamente incapaz de qualquer conexão humana real. Parece estranho, então, que Bruce Wayne também seja responsável pela maior população jovem dos quadrinhos.

No entanto, Dick Grayson mostra como essa obsessão pode ser uma bênção. Batman reconhece suas falhas como ser humano. Em várias histórias, ele mergulhou nas profundezas de seu trauma e, no caso de Dick, Bruce se recusou a deixar o menino sucumbir ao mesmo veneno mental. Não importa a história de origem que você olhe, seja antes ou depois do Flashpoint, Bruce ajudou Dick a investigar o assassinato de seus pais. Batman deixa seu protegido pegar o bandido, algo que Bruce nunca tinha feito.

Ao fazer isso, Batman permitiu a Robin um mínimo de encerramento que ele não tinha conseguido. Como tal, Dick tinha uma saída. Ele ainda escolheu ser um super-herói, mas de uma forma muito real; ele saiu da sombra do Batman. Dick tornou-se mais do que um recluso isolado. Ao assumir o apelido de Asa Noturna, ele se tornou um líder e um farol de super-heróis otimistas que Batman nunca poderia ser. Tudo isso porque Bruce se recusou a permitir que Dick afundasse no mesmo nível.

Unknown disse...

Jason Todd: sobre morte e trauma.
Ao explorar exemplos positivos de mentores da DC, parece estranho incluir um relacionamento que resultou na morte do companheiro. No entanto, foi exatamente isso que aconteceu com Jason Todd, o segundo Robin. Criminosamente assassinado pelo Coringa em um dos momentos mais famosos dos quadrinhos, Jason finalmente voltou à vida para fazer justiça aos criminosos de Gotham. Tudo isso só ocorreu porque Batman trouxe Jason para ser um super-herói. No que diz respeito aos companheiros, essa deve ser uma das relações mais prejudiciais dos quadrinhos. Nos primeiros anos, foi. Não foi até recentemente que esses dois se reconectaram, e foi somente por meio desse relacionamento que Jason pôde finalmente se curar daquelas velhas feridas.

Antes do FLASHPOINT, Jason e Batman estavam completamente em desacordo, e a introdução do New 52 mal viu os dois trabalhando juntos. No entanto, por Rebirth, um senso de confiança finalmente se desenvolveu. Atribuo isso mais à teimosia do Batman do que a qualquer outra coisa. Após sua morte e ressurreição, Jason se sentiu traído pelo Morcego porque Bruce nunca vingou a morte de Jason. No entanto, depois que o New 52 começou, durante grandes crises como NIGHT OF THE OWLS, Batman ainda chamou Jason. Trabalhar juntos novamente, protegendo um ao outro, renovou o vínculo mentor-companheiro.

Através desta parceria forçada ao longo dos anos, a dupla poderia finalmente olhar para além de seus fracassos. Assim, quando RED HOOD AND THE OUTLAWS reiniciou em Rebirth, Jason é um personagem muito mais humano e arredondado. Muito parecido com Dick, isso só poderia ocorrer porque Batman se recusou a desistir de seu ex-companheiro. Ele amava Jason tanto que fazia tudo o que podia para ajudar o menino a se curar.

Unknown disse...

A grande contribuição que os Robins e todos os outros membros da bat-família fazem ao universo do Batman é reforçar de verdade toda a ideia de como o Batman inspirou os habitantes de Gotham City a fazerem o mesmo que ele, como o morcego virou um animal símbolo de esperança e de uma oposição real contra a vilania. Se tornou mais do que a ação de um único homem, se tornou a resposta de um grupo, que representam a cidade em si.