domingo, 21 de janeiro de 2018

Dossiê TUDO sobre Pantera Negra


Pantera sempre foi um personagem sobre o qual eu queria saber mais, mas infelizmente aqui no Brasil pouca coisa foi publicada sobre ele, geralmente apenas suas participações nos Vingadores ou outros eventos. Correndo atrás das edições solo do herói-rei, minha vibe completista me fez querer ir mais... Depois de correr atrás de TODAS as aparições do Pantera Negra nos quadrinhos (e ler por volta de umas 300 edições ao todo)*, pensei em compartilhar e resumir marromeno, pra quem quiser se inteirar, o personagem antes do filme que estreia em fevereiro agora. 
* lista gigante ao final deste email (gigante tb)

O PROTAGONISTA: da linhagem real de Wakanda, T'Challa é um polímata que não herdou, mas conquistou o título de Pantera Negra, líder político e também espiritual de seu povo. Primeiro super-herói negro da história (tanto é que uma revista dele aparece brevemente no filme O Mordomo da Casa Branca, num momento "piscou, perdeu"), criado por Stan Lee e Jack Kirby em 1966, meses antes do Partido dos Panteras Negras. A depender da versão, o avô de T'Challa foi o primeiro Pantera Negra ou, mais comumente mencionado, a linhagem dos panteras já existia desde o início da fundação de Wakanda, milhares de anos atrás. 

PODERES: PhD em várias áreas (inclusive inventando uma nova área de conhecimento ele próprio), uma das 8 mentes mais inteligentes do planeta (e estamos falando de um universo que tem Reed Richards e Tony Stark), atleta soberbo, o Pantera possui, com a bênção do Deus Pantera e após o ritual de ingestão da erva-coração, coordenação, agilidade e reflexos sobre-humanos, além de sentidos superaguçados (capaz de enxergar no escuro, por exemplo) e é considerado the best tracker in the world (e estamos falando de um mundo onde existe Wolverine e Demolidor). Mais tarde é instituído que seus sentidos não são bem físicos, mas quase espirituais, sendo ele capaz de rastrear até a alma de um indivíduo. Capaz de se recuperar de lesões muito mais rápido que um ser humano normal (dependendo da versão ele precisa passar pelo ritual sagrado da erva-coração a cada nova injúria para tanto). Também dependendo da versão, apenas a linhagem real de Wakanda consegue consumir a erva-coração sem se envenenar no processo. Mestre da furtividade, pode esconder inclusive seus próprios pensamentos de poderosos telepatas. Em 2012 ele ganhou o poder de acessar o conhecimento de todos os Panteras Negras que já existiram também.

O PAÍS: Wakanda, a fictícia nação mais avançada tecnológica e moralmente do planeta, é o único lugar do mundo onde existe o raríssimo minério chamado vibranium, com propriedade de absorver vibrações (e estratégicos possíveis usos nas indústrias de transporte, armamentista e espacial, entre outras). Jamais conquistada, extremamente isolacionista, de difícil localização de suas bordas e fronteiras, o Ocidente quase acredita ser uma lenda. Dependendo da versão e dos retcons, ou foi T'Chaka quem expandiu o país tecnologicamente, ou foi T'Challa, ou ela SEMPRE foi assim (tendo sequenciado o DNA humano, por exemplo, dez anos antes que o mundo). Dependendo da versão, também, Wakanda pode ser autossuficiente e autossustentável ou sua economia se basear quase que inteiramente no comércio de vibranium. Mantém uma relação instável entre sua tradição e cultura milenares e os avanços ultratecnológicos modernos, assim como é instável a relação entre as diversas tribos que integram o país, mantidas coesas principalmente pelo culto ao Deus Pantera.

ALIADOS importantes
T'Chaka: pai, anterior Pantera, morto por Klaw.
Ramonda: "mãe" (na verdade a mãe de T'Challa morreu no parto, mas Ramonda quem o criou).
Shuri: irmã mais nova, embora somente introduzida após os anos 2000, uma gênio como o irmão em várias áreas, mais para frente torna-se ela mesma a nova Pantera Negra.  
as Dora Milaje: elite feminina de guarda-costas do rei de Wakanda. Inicialmente eram na verdade "noivas em treinamento" para o rei de Wakanda, extraídas de cada tribo do país para servir a realeza e pacificar e contrabalancear o peso de poder entre as tribos, mas depois caíram para o aspecto puro de simples guarda-costas (em CA:Guerra Civil há o início de uma possível hostilidade entre uma delas e Viúva Negra, e o Pantera até brinca "isso seria interessante"). Para serem guarda-costas de um cara fodão, as bichas são beeeeem fodonas também!
Everett K. Ross: liaison entre o Departamento de Estado americano e Wakanda, incumbido de escoltar e acompanhar T'Challa (no filme interpretado pelo "Hobbit" Martin Freeeman, já tendo aparecido em CA:Guerra Civil).
W´Kabi: chefe de segurança de Wakanda.
Zuri: conselheiro de T'Challa, amigo de seu pai, um dos guardiões das tradições wakandanas e um dos maiores guerreiros do país (interpretado no filme por Forest Whitaker). 


INIMIGOS:
Klaw: mais conhecido nas HQs como Garra Sônica, seria o principal inimigo do herói pois matou, nos quadrinhos, o pai dele. Interessado nas reservas de vibranium de Wakanda.
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Erik Killmonger:verdadeiro match tanto física quanto taticamente para o Pantera, planeja dar um golpe e tomar o país por se achar o verdadeiro mantenedor da cultura wakandana. Excelente estrategista, carismático político, geneticamente engendrado para ser fisicamente superior, nunca foi derrotado mano a mano pelo Pantera. Provavelmente o principal antagonista no filme (interpretado por Michael "Tocha Humana" B. Jordan).







M'Baku:conhecido nas HQs como Homem-Gorila (mas que por motivos óbvios nunca será chamado assim no filme). Apesar de ter um background religioso bastante interessante, já que vem da única tribo em Wakanda dissensora que não acredita no Deus Pantera, mas sim no ilegal culto ao Gorila Branco, é quase sempre tratado apenas como um vilãozinho físico genérico a ser batido pelo Pantera (principalmente quando este está entre os Vingadores).


PRINCIPAIS ARCOS:

Quarteto: estreando numa edição de Quarteto Fantástico, Pantera logo de cara já derrota os quatro sozinho, usando de conhecimento de área e preparação (lembra alguém? mas esse alguém só seria reconhecido por isso uns dez anos depois...). Já nessa época o visionarismo da dupla Lee e Kirby mostram a nação africana como o suprassumo da tecnologia do mundo, surpreendendo até mesmo Reed Richards. Após algumas aparições em Quarteto Fantástico, o Pantera reaparece em edições do Capitão América, onde ele ganha a confiança e o respeito do Capitão de sorte que é recomendado por ele a entrar nos Vingadores. 
Interessante ser o Capitão quem o introduz aos Vingadores, pois no universo cinematográfico num filme do Capitão América que o Pantera foi introduzido. Outra curiosidade: quem criou as asas do Falcão, parceiro do Capitas, foi o Pantera Negra nas HQs. Possivelmente no filme ele quem fará um novo braço biônico para o Soldado Invernal.

Vingadores e DD: uma das mais fracas presenças do Pantera, sempre relegado ao "carinha ágil com sentidos apurados", sombreado por Homem de Ferro, Visão, Thor e outros poderosos, sendo toda a parafernália e os gadgets de seu uniforme da primeira aventura com o Quarteto esquecidos... Interessante mencionar suas aparições em histórias do Demolidor. O Pantera rapidamente descobre a identidade secreta do DD (não só por seus sentidos aguçados como também por dedução), o que acaba criando um laço entre os dois heróis que se fará sentir mais à frente. 
  

Jungle Action/Marvel Premierepor mais preconceituosa que possa parecer, sim, existia essa revista chamada Jungle Action na década de 70, e nela apareceram as primeiras histórias solo do Pantera. Nesta fase que nos é apresentado Erik Killmonger e, um pouco mais à frente, o Pantera enfrenta nada menos que a Ku Klux Klan. Foi o arco que fez bastante sucesso no meio universitário norte-americano, tornando o Pantera um personagem cult, e também bastante aclamado pela crítica especializada (embora nunca tenha sido um sucesso de vendas). 



Pantera Negra volume 1 (1975): A primeira revista com o título do Pantera na capa na verdade foi com a volta de Jack Kirby pra Marvel. Apesar de Kirby não gostar de trabalhar com personagens repetidos e querer sempre inventar coisas novas, deram-lhe o Pantera para trabalhar, e uma série de histórias mutcho locas aparecem nos 13 primeiros números (na vdd vc poderia colocar qualquer outro herói ali no meio que não faria diferença). Nesses altos conceitos kirbyanos que nos são apresentados pela primeira vez os King Solomon's Frogs, com imprevisíveis poderes sobre tempo e espaço, agora de posse de Wakanda.

Team-ups: sem uma revista solo novamente, Pantera aparece em vários títulos e fazendo parcerias com diversos outros heróis, como Aranha, Homem de Ferro e, obviamente, o Quarteto Fantástico novamente. Em umas edições de Capitão América, por exemplo, Falcão busca o Pantera para criar suas asas. Ah, num retcon somos mostrados em Marvel Team-up #100 que T'Challa conheceu Ororo (a Tempestade dos X-Men) quando adolescentes, e ambos tiveram uma caidinha um pelo outro (o que reverberará anos depois). Por volta desta época Wakanda abre sua primeira embaixada internacional, nos EUA (o que vai facilitar a justificativa de se ter o Pantera rodeando NY sempre). Interessante a primeira interação entre Wakanda e Atlântida (numa edição dos Defensores), bem belicosa e tensa, tom que vai permear quase todas as interações entre seus regentes, Pantera Negra e Príncipe Namor, numa relação de estabilidade instável que vai culminar em ambos os lados tomando medidas drásticas no futuro.

Black Panther vol.2: na realidade uma minissérie em 4 partes, é o arco mais místico do herói até então, mostrando sua reação quando o Deus Pantera corta laços com seu maior seguidor e lhe deixa de fornecer seus poderes e bençãos. Margeando essa história, mais uma questão politizada aparece, com o apartheid sendo mostrado, mas num país fictício "vizinho de Wakanda" (aparentemente qualquer país africano é convenientemente vizinho de Wakanda).

Marvel Comics Presents: longuíssimo arco em 25 partes, em que o Pantera invade sozinho, para não causar um incidente internacional, a África do Sul em busca de Ramonda, sua "mãe", que estava sendo mantida cativa há décadas enquanto se achava que ela estava morta. O racismo é mais explícito nesta história, que é até meio pesada em seus temas e violência. Uma constante nesses arcos solos de Jungle Action, MCP e no próximo é o quanto o Pantera é atingido e ferido e, mesmo continuamente machucado, continua resistindo, inexorável. Talvez fosse uma marca do herói, sobrevivente, ser resiliente e persistente e combativo. Isso mudará na excelente(!!!) fase de Christopher Priest em 1998.

Panther's Prey: história bastante verborrágica (aliás, assim como as de Jungle Action e de MCP anteriormente, talvez características da época, e por isso mesmo, assim como essas outras duas, às vezes até cansativa), mas com desenhos e cores marcantes. O design de Wakanda é bem trabalhado, estabelecendo alguns marcos visuais que permanecem até hoje nas representações do país. Pela primeira vez é apresentada uma questão bastante pertinente para qualquer monarquia: a questão do herdeiro. O chefe de segurança de Wakanda questiona os atos heroicos do rei pois qualquer bala de que ele não consiga se desviar põe em risco toda a linhagem e a sucessão wakandana. Porém, com o cancelamento de uma possível continuação chamada Panther's Vows, essa questão real foi deixada para escanteio e nunca mais abordada. 

Participações especiais: durante os anos seguintes o Pantera fez participações especiais em títulos os mais diversos da Marvel (alguém aqui já tinha ouvido falar em Black Axe ou Knights of Pendragon, por exemplo? Bom, eu não), até mesmo Cable e Deathlok (ambas participações até legais). Algumas histórias alcançam maturidade geopolítica maior, e muitas vezes é questionada a dependência do país pelo vibranium, e até mesmo as reações do mercado internacional às flutuações do raro metal, e em alguns casos até mesmo as reações internas do povo wakandano em relação à política de exportação do rei. Neste momento vários vilões se apresentam interessados em sintetizar o próprio vibranium ou obter lucro com isso (como Ultron, o Rei do Crime Wilson Fisk, Dr. Destino, a corporação Roxxon, a IMA e, é claro, Klaw). Neste momento também é estabelecido que na Terra Selvagem, na Antártida (lar de Kazar) também existe um isótopo de vibranium, porém muito mais pobre e instável. Somos apresentados também ao fato de que o Pantera é tido como modelo para muitos heróis norte-americanos, principalmente afrodescendentes como Luke Cage (ainda guarda semelhança com empoderamento e representatividade no mundo real 30 anos depois agora com o lançamento do filme). 


BLACK PANTHER v3 (1998): o arco definitivo de T'Challa, o melhor run do Pantera sem sombra de dúvidas! Poderia falar dessas circa 50 edições quase o mesmo tanto que já falei em todo esse email, se alguém quiser iniciar a ler alguma coisa do Pantera, pode começar por aqui, e se alguém só quiser ler uma única coisa do bicho, pode terminar junto com esse volume também que já tá mais que suficiente. Po, esse volume recompensou toda a leitura anterior até agora e me fez virar fã do personagem (e do escritor, Christopher Priest tb)! Ele tomou duas decisões narrativas excelentes: primeiro ele fez o Pantera NUNCA ter balões de pensamento entregando o que ele estava pensando, aumentando o ar de mistério em torno do personagem e não nos permitindo visualizar seus estratagemas e planos de antemão; e segundo ele introduziu o carismático personagem Everett K. Ross (que estará no filme), servindo de ligação entre o leitor (vindo de um mundo branco americano-ocidental democrático moderno) e o Pantera (vindo de um mundo negro africano monárquico ultratecnológico). Além do mais, depois de três décadas Priest finalmente pensou "po, se o cara tem a supremacia sobre o metal mais poderoso do mundo, porque diabos ele não o usa?" e introduziu filamentos de vibranium em toda a extensão de seu uniforme. Essa versão é a que vai aparecer no filme, pois em CA:Guerra Civil vemos como o uniforme dele é a prova de balas, absorvendo a energia cinética dos projéteis lançados em sua direção. Priest criou as Dora Milaje, em seu papel inicial não só de meras guarda-costas, e também inventou os Kimoyo Cards, cartões identificadores que funcionam não só como GPS mas também como comunicadores e também como microcomputadores com interfaces wireless com qualquer dispositivo eletrônico (e lembrem-se que estávamos em 1998, quando nem celulares existiam direito no Brasil, e os que existiam eram aqueles tijolões com tela verde, e o cara introduziu o conceito de um fucking finíssimo cartão** assim...). Além de tudo isso, é exatamente aqui que o Pantera adquire a fama de fodão dos fodões, o "Batman" da Marvel, extremamente preparado e praticamente imbatível, com a vantagem sobre o Bruce de ter a riqueza de TODO UM PAÍS, e na verdade o país mais rico do mundo, em suas mãos, hehehe. As primeiras edições ainda trazem uma narrativa não linear que lembra algumas vezes o estilo tarantinesco Pulp Fiction, o que só agrega mais ainda em excelência. Um fator adicionado no mythos do Pantera da qual eu não gostei muito foi a introdução dos Hatut Zeraze, a polícia secreta de Wakanda, liderada pelo inventado agora irmão adotivo de T'Challa chamado White Wolf.
Nesta fase é finalmente revelado que o Pantera só integrou os Vingadores para espioná-los de dentro. É pincelado uns tais Protocolos Galactus que Wakanda guarda para dar cabo do Devorador de Mundos caso resolva aparecer(!), o que será utilizado não neste mas em outro run à frente. São aprofundadas várias relações diplomáticas de T'Challa com outros monarcas superpoderosos (e muitas vezes duvidosos) como Magneto, à época líder de Genosha, Namor e principalmente Dr. Destino. Todos os vilões antigos do Pantera aparecem em algum momento, os Solomon Frogs idem, e algumas brigas muito boas com outros heróis também rolam, como contra Punho de Ferro e a fenomenal contra o Homem de Ferro, uma batalha física, tecnológica, financeira, estratégica e mental ao mesmo tempo! No primeiro arco Pantera enfrenta e despacha ninguém menos que Mefisto! É ler pra crer, e não vão se arrepender. Recomendadíssimo!

** quase tão impressionante quanto Jack Kirby ao inventar as Caixas Maternas para os Novos Deuses, isso em 1971! Verdadeiras precursoras do que hoje os celulares fazem (quando as caixas eram de bolso e não aqueles engradados mostrados no filme da Liga da Justiça).



Black Panther v4 (2005): O final do volume anterior termina com o Pantera abdicando de seu título e a história passando a seguir (por decisões editoriais) um policial que encontrou alguns pedaços de tecnologia e uniforme de T'Challa e as usa. A pegada policial é até interessante, mas acaba com um tom melancólico o até então excitante volume anterior. Neste novo volume tudo é desfeito, Pantera aparece como se nada tivesse ocorrido. Apesar de o primeiro arco "Quem é o Pantera Negra?" ser legalzinho, para mim pessoalmente já começa com vários erros. Primeiro a descaracterização total de Everett K. Ross, agora um burocrata frio quase irreconhecível do personagem do volume anterior. Segundo pelo falso tom de reboot, reinventando (ou tentando) as origens de Klaw e sua ligação com Wakanda, inclusive até mesmo modificando alguns vilões antigos da Marvel, como Homem-Radiativo. Neste volume que somos apresentados pela primeira vez a Shuri, irmã de T'Challa. Depois deste primeiro arco a revista do Pantera basicamente entra em modo tie-in de todos os eventos da Marvel e descamba só refletindo esses eventos principais, tais como House of M, A Iniciativa, Reino Sombrio e Doomwar. Dignas de nota são as ligações com a Guerra Civil dos quadrinhos, em que o Pantera assume uma postura neutra e Wakanda se torna local de encontro pacífico entre os dois lados "em guerra" durante o (finalmente) casamento de T'Challa com Ororo***; e a com Invasão Secreta, em que vemos pela primeira vez como Wakanda consegue lidar e derrotar todos que tentam invadi-la (no caso, os Skrulls, com uma tecnologia rival à do país africano), numa história de movimentações e decisões de batalha e estratégias de guerra até bem legais. 

*** Bem legal para o desenvolvimento da Tempestade finalmente tornarem-na uma rainha, pois todas as vezes em que os X-Men encontravam alguma figura régia (como Dr. Destino, Raio Negro, Namor) ou nobre (como Drácula, Loki) esses caras meio que se apaixonavam por ela e falavam como ela tinha um porte de uma verdadeira rainha. Infelizmente isso não dura muito...

Quarteto Fantástico #542–553inseri esses pq, depois da Guerra Civil das HQs, Sr. Fantástico e Mulher-Invisível se reconciliam e saem em segunda lua de mel, e enquanto Reed e Sue estão fora eles convidam o Pantera e a Tempestade para substituírem-nos no Quarteto. Então essa é a fase em que T'Challa vira momentaneamente o líder do Quarteto Fantástico! Essa fase é escrita por Dwayne McDuffie, o criador do Super-Choque, e o bicho é fã do Pantera, como demonstrado em como ele substitui Reed de igual e, em algumas vezes, até melhor, sempre preparado pra qualquer eventualidade e com gênio científico pareando o do Sr. Fantástico. Neste arco vemos finalmente os Protocolos Galactus sendo usados! Ororo se mostra uma rainha perfeita pro Pantera, não só por ser poderosa pra cacete como também por ser uma líder inconteste e uma oradora carismática, justa e confiante. As histórias são bem aventurescas, típicas das do Quarteto, nada de mais, mas bem bacaninhas. O ponto fraco fica por conta da cena da chave de braço da luta do Pantera contra o Surfista...



Black Panther v5 (2009)Após a recusa em entrar na Cabala, conclave secreto de supervilões nos moldes dos Illuminati (ao qual Pantera já tinha declinado também) dos heróis, num ataque de Destino T'Challa é deixado comatoso e sua irmã Shuri assume manto do Pantera. Acordando do coma, T'Challa busca outros meios místicos para enfrentar Destino, e é aqui que ele desenvolve o novo campo de estudo chamado Shadow Physics. Na minissérie a seguir, Doomwar, quando Dr. Destino descobre as propriedades místicas que vibranium pode oferecer, ele tenta roubar Wakanda. Num gâmbito desesperado, T'Challa é obrigado a tornar inerte TODO o vibranium do planeta, na prática extinguindo o metal como ele existia e como o conhecemos (acabando com toda a vantagem que Wakanda tinha sobre o mundo e deixando o país à beira da pobreza). 

BP: The Man Without Fear/The Most Dangerous Man Alive: envergonhado e derrotado após a vitória pírrica sobre Destino, T'Challa se autoisola em NY e substitui Demolidor como protetor da Cozinha do Inferno (tomando "emprestado" o título do DD nos números 513 a 529 quando o Demônio se ausenta em também exílio autoimposto), tentando se testar back to basics, sem vibranium nenhum e sem título de realeza alguma, só confiando em suas habilidades. É um arco bem noir e pé no chão, sem muito desenvolvimento a mais (além da recuperação de sua autoconfiança sem a "dependência" tecnológica associada). Interessante foi a participação especial de T'Challa no run do Quarteto Fantástico de Jonathan Hickman (#607 e 608), em que o Deus Pantera, na forma da deusa egípcia Bast, confere a T'Challa o título de Rei dos Mortos (já que agora Wakanda é governada por sua irmã) e o poder de invocar o conhecimento de todos os seus antecessores, já prevendo grandes tragédias no futuro do país.  



Guerras e incursões e volume 6: novamente sem um título próprio, a figura do Pantera Negra se torna mais global, e até mesmo cósmica, com o dilúvio de Wakanda, a guerra contra a Atlântida e destruição da mesma, o sacrifício de Shuri, a morte de Namor em retaliação, as Incursões de universos paralelos colidindo, e finalmente o fim e reboot do universo durante as últimas Guerras Secretas, que fogem bastante ao escopo desse resumo. De modo geral, o que acontece é que Wakanda volta a ser a mesma, com vibranium e tudo o mais, T'Challa volta a ser o rei, e ganha novamente um título próprio em 2016. 
Este volume 6 trouxe insatisfações internas dentro do país, o que obriga T'Challa a repensar seu governo de forma mais representativa, o que é uma evolução se pensarmos na democracia finalmente alcançando a dita nação mais moderna do mundo. Nele também somos apresentados aos kimoyo beads (braceletes holográficos que seriam uma evolução dos kimoyo cards, bem intrigantes). De outra sorte, Shuri é renascida, tendo acesso ao Djalia, um mundo dos sonhos onde se encontra a memória coletiva de Wakanda. Pelos trailers do filme, possivelmente alguma cena do filme se passe em Djalia. 


Clipe sugerido: Pantera Negra (Emicida) https://youtu.be/Xi1BfosGv2E

Todas as edições lidas:


Fantastic Four 52–53, 56, Annual 5, 119, 241, 311-312 (e vários outros)
Tales of Suspense 97–99 
Avengers 52, 62, 87, 100, Annual 2… (e vááários outros)
Daredevil 62, 69 , 99, Annual 4, 245
Captain America 170-171, 414-417
Marvel Team-up 19-20, 87, 100, Annual 7
Marvel Two-in-one 40-41
Solo Avengers 19
Jungle Action 6–24
Black Panther v1 1-15
Marvel Premiere 51–53
Defenders 84-86
Contest of Champions 1,3
MCP 13–37
Marvel Super Heroes 1
Panther's Prey 1-4
Iron Man Annual 5
Amazing Spider Man Annual 25, Spectacular Spider Man Annual 11, Web of Spider Man Annual 7
Knights of Pendragon 14-18
Marvel Fanfare 60
Excalibur 59-60
Deathlok 22-25
Black Axe 5-7
Fantastic Force 1,4-5,10-15
Thunderstrike 20
Over the Edge 6
Fantastic Four Unlimited 1
Cable 54
Black Panther v3 1-62
The Crew 1-7 
Marvel Knights 4 #21
Wolverine 41
Hulk 333
Magneto Rex
Spider-Man/Human Torch 5
X-Men 175-176
Fantastic Four 544-550, 607-608
New Avengers Illuminati 1
Black Panther v4 1-41, Annual
Black Panther v5 1-12
Age of Heroes
Doomwar 1-6
Wolverine (2013) 8
Klaws of the Panther 1-6
Black Panther/Captain America: Flags of Our Fathers 1–4
Black Panther 2099
Black Panther: The Man Without Fear 513–529
Black Panther v6 1-18
World of Wakanda 1-6
Black Panther and the Crew 1-6
New Avengers (v3) 1-33
Secret Wars
(New) Ultimates 1-12

(New) Ultimates2 1-10

sábado, 27 de setembro de 2014

Gavião Arqueiro em LIBRAS (e não só em ASL).


Na edição americana número 19 de Hawkeye, de julho, o personagem fica temporariamente surdo, e o autor Matt Fraction viu aí uma boa ideia para divulgar a língua de sinais na edição, mostrando o herói se comunicando por meio dela (HQ é uma mídia altamente imagética e bem propensa a se fazer isso).


Acontece que a língua de sinais utilizada é a americana, conhecida como ASL (American Sign Language), que ao contrário do que muitos imaginam, não é a mesma usada no Brasil (muito menos é universal a língua de sinais que os surdos usam; sendo uma língua como cada uma é, são tão diferentes quanto o português é do inglês, por exemplo). Os autores buscaram inclusive ajuda de um intérprete para ajudar na composição dos quadros para passar a mensagem. Segue abaixo um exemplo do script de uma das páginas da história:


Meu amigo Guilherme me apresentou a sensacional ideia de iniciar uma campanha para que a obra seja publicada e TRADUZIDA para Libras aqui no Brasil. A detentora dos direitos de publicação do personagem no Brasil é a Panini, e ela já traduz mensalmente o herói para português. Seria uma ótima oportunidade para aqui no Brasil também divulgarmos nossa Língua Brasileira de Sinais usando um personagem bem conhecido (ele é o cara das flechas no filme dos Vingadores, e um dos mais aclamados pela crítica e público neste ano com as edições de Fraction!) e numa mídia altamente acessível e de muita penetração no público jovem e jovem adulto. 


Então está lançada da campanha #gaviaoarqueiroemlibras para sugerir ou forçar ou pressionar a Panini a traduzir não só os diálogos para o português como também para traduzir os desenhos (ou apresentar um adendo extra na edição nacional com a tradução) para Libras. A editora poderia assim ser tão inovadora aqui no País quanto foi a edição americana ao apresentar este elemento de inclusão tão pouco conhecido mas tão importante para boa parcela da população. 


Sei que modificar o desenho em si de David Aja (que por sinal é excelente e tá mandando muuuuuito bem em cada edição do Gavião!) pode ser difícil devido a alterações na obra e questões de direitos autorais em si, mas nada impede que a Panini poste, por exemplo, ao fim da revista um anexo com desenhos nacionais representando como são as palavras e expressões usadas na história mas na Língua Brasileira de Sinais.



Quem puder ajudar, repasse a ideia! Já enviei e-mails para a editora em seu site, seu blog e no hotsite dos Vingadores, além de pelo facebook. Queremos alcançar associações e entidades de surdos para oficializarem a petição por meios formais à Panini. 
Obrigado.






- Seriado sugerido: Switched at Birth.
- Dicionário online sugerido: http://www.acessibilidadebrasil.org.br/libras/
- Aplicativo sugerido: ProDeaf
< https://play.google.com/store/apps/details?id=com.Proativa.ProDeafMovel&hl=pt_BR > (para Android)
< https://itunes.apple.com/br/app/prodeaf-tradutor-para-libras/id651120192?mt=8 > (para IOS)

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Aranha Pagando o Pato

Recentemente estava lendo algumas edições (bem) antigas da década de 70 da Marvel, e me deparei com um momento tão banal e ao mesmo tempo tão interessante que tive de contar aqui. Ela envolve nosso amigão da vizinhança, Homem-Aranha, e o inusitado Howard, o Pato.
Já falei de Howard anteriormente aqui no blog, mas antes de continuar preciso fazer uma leve correção. Segundo o excelente site Guia dos Quadrinhos, Howard já aparecera aqui no Brasil em outras edições que não as duas que eu havia narrado no post anterior. 
De personagem coadjuvante na revista do Homem-Coisa, Howard ganhou revista própria e chegou, inclusive, a ser candipato, digo, candidato à Presidente dos Estados Unidos nas eleições de 1976.



Na primeiríssima edição de sua revista solo, Howard conhece aquela que seria sua companheira, a estonteante Beverly Switzler, e recebe a participação especial do Cabeça de Teia nas páginas finais da história, mandado por J. J. Jameson para Cleveland a fim de tirar fotos de um suposto mutante novo com forma de pato, ajudando-o a resgatar a ruivíssima Bev de um supervilão improvável (Pro-Rata, o mago contabilista, uma das muitas críticas que Steve Gerber inseria em suas histórias). 
Eis que, na revista Marvel Treasury Edition #12, Gerber juntou The Duck and The Defenders, unindo-o ao time que também escrevia à época, quando o pato se mudou para Nova Iorque devido à campanha presidencial. Recém-chegados e andando pela vizinhança, o casal Howard e Bev encontraram um amigável casal e decidem buscar informações sobre um endereço. O casal era Peter Parker e Mary Jane. 
E aqui está o ponto alto da história, neste simples cameo que durou apenas uma página. Quando se vira, imediatamente Peter se lembra da bela ruiva e a cumprimenta, esquecendo-se que a conhecera sob a máscara do Homem-Aranha. A bem-humorada MJ, que na época não conhecia a identidade secreta do namorado, espirituosamente tenta contornar a situação, mas não sem antes provocar um quê de ciúmes no ranzinza pato falante que vai tirar satisfação com um Peter suando frio sem poder explicar.

[sal+buscema+and+steve+gerber.+the+duck+and+the+defenders.+page.+008.jpg]

Beverly: "Com licença, você parece bem inofensivo, poderia..."
Peter: "Pois não? Ah... oi! Como você está? Não te vejo desde..."
Mary Jane: "Desde antes de nós estarmos juntos, eu espero..."

Uma situação, como disse, bem banal, mas que poderia muito bem acontecer e causar esses estranhos constrangimentos para alguém que usa uma máscara escondendo seu rosto e sai por aí salvando milhares de cidadãos por ano.
Palmas para Steve Gerber, por captar essa nuance super-heroica comicamente, em apenas uma página, de maneira simples mas magistral. 
Waaaugh!

PS - Hoje Steve Gerber, falecido em 2008, faria 66 anos. Parabéns a este grande escritor.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A Piada Mortal (de Morrison?)


Explicar piada é uma das piores coisas que existem, mas às vezes isso te revela coisas para as quais você não havia se atentado antes. Na primeira vez em que li a supracitada história de Alan Moore e Brian Bolland, ainda na infância, confesso que inicialmente não entendi a piada que Coringa conta para o Batman e a relação disso com a história.

Relembrando, Batman havia acabado de propor ao Palhaço do Crime para ambos trabalharem juntos, ao passo que Coringa contou a famosa piada sobre dois lunáticos que tentavam fugir do asilo pela cobertura, um deles conseguindo pular até o prédio ao lado enquanto o outro se acovardou. O primeiro, então, liga sua lanterna e propõe ao segundo que caminhe sobre o vão entre os prédios por cima do facho de luz de sua lanterna.
"Acha que eu sou louco? E se você apagar a luz enquanto eu estiver no meio do caminho?"

Meu irmão foi quem, anos depois, me contou que, na verdade, a piada fazia alusão aos próprios Batman e Coringa, sendo Batman o lunático com a lanterna ligada pedindo para Coringa atravessar para seu lado sobre o facho de luz (mais sobre isto no fim do post*).
Daí vem a famosa cena do Homem-Morcego não apenas sorrindo, como rindo, e depois ainda gargalhando ao lado do vilão.
Uma das maiores críticas que eu já vi sobre a história (que é um show de narração, narrativa, transições entre cenas e casamento entre texto e imagem) foram justamente sobre esse final. Como pode o Batman, usualmente soturno e sério como poucos, não apenas sorrir (?) como também rir (??) e ainda por cima gargalhar (???) ao lado da pessoa que acabou de ALEIJAR sua amiga e filha do Comissário Gordon (?!?!) e  ESPANCOU SEU PUPILO ATÉ A MORTE (?!?!?!?!?).
Eis que, nesta semana, no podcast de Kevin Smith sobre o Homem-Morcego, Fatman on Batman, Grant Morrison surge com sua interpretação do final desta história, o que levou a explosões de comentários em fóruns pela internet afora. Talvez pelo revisionismo 25 anos depois de a obra ter sido publicada, seja pela polêmica e impactante visão que sua interpretação dá para o final da obra em si mexendo com alguns dos cânones do universo DC, ou seja pelas impressionantes pistas de que os argumentos que levam a esta interpretação já estavam todos lá no original há um quarto de século, só ninguém não viu até hoje! Ou não quis ver...
Morrison explicou a piada para o incrédulo Kevin Smith e para nós. Uma piada de matar, está lá, desde o título: A Piada Mortal. Segundo Morrison, Batman quebra o pescoço de Coringa e o MATA no fim da história.
Vamos rever a cena:

Reparem que, ao gargalhar, Batman se aproxima e estica o braço em direção ao Coringa (no ombro ou no pescoço?). A silhueta de Batman mantém-se toda negra, no escuro, porém seus olhos e sorrisos sinistramente mantêm-se visíveis, o que juntamente com as orelhas de seu capuz quase parecendo chifres lhe dão um aspecto maligno, quase demoníaco. A "câmera", ou ponto de vista, desce do foco principal da cena e não nos permite mais ver o que acontece com os dois, tampouco com os braços de Batman ao redor do Palhaço. A onomatopeia do carro de polícia chegando começa a tomar conta dos painéis ao tempo em que deixamos de perceber as onomatopeias das gargalhadas, talvez substituindo-as, talvez porque essas cessaram. Percebam que nos três últimos quadrinhos o "EEEEE" pode muito bem ser entendido como um grito, talvez. Os pés dos personagens não se tornam mais visíveis, então não sabemos se Coringa ainda permanece de pé. A luz refletida na poça d'água marca a divisão em polos opostos dos dois antagonistas; porém, no último quadro, esta luz é apagada. Bom, uma das metáforas mais manjadas para o fim da vida é a de uma luz sendo apagada, e o som cessando...
Se formos ler a história atentamente, perceberemos que Alan Moore pode ter plantado esta ideia desde o início. O primeiro diálogo entre Batman e o "Coringa", ainda no Asilo Arkham, já demonstra:
"Sobre o que vai acontecer conosco. No fim. Nós vamos matar um ao outro, não?"

Os negritos em ACONTECER, FIM e MATAR não são meus, já estão nos originais. Bruce ainda conversa umas três vezes com o lunático psicopata, e em todas elas ele faz menção a essa possibilidade: "Não quero que nenhum de nós mate o outro no fim... mas estamos esgotando as alternativas", e também "entraremos numa rota suicida (...) que vai levar nós dois à morte".
Várias coisas me agradam nos autores britânicos de quadrinhos, como Neil Gaiman, Alan Moore e Grant Morrison, e uma delas é o tratamento de cada história como uma obra literária, como arte, e não mero entretenimento, usando e abusando de intercontextualidades, referências, jogos de palavra, metalinguagem, e o uso magistral do casamento argumento e arte. Se Alan Moore realmente queria dar margem a parecer que Batman matou o Coringa no fim da história, parece que ele deu vários indícios sim, e não só no pleno título da história apenas. Nada que o autor já não tenha em outras obras, tais como Watchmen, por exemplo. 
 Um dos aspectos mais importantes dos quadrinhos enquanto mídia, se não o mais importante, é a chamada sarjeta, ou o espaço entre um painel e outro. Diferentemente de filmes, que também são quadros de imagens sequenciais, nas histórias em quadrinhos esta sarjeta é preenchida pelos leitores; ou melhor, por cada leitor, em cada situação em que a lê, interpretando esta passagem de uma imagem à outra com sua visão própria. 
Um bom autor é aquele que consegue contar uma boa história e ainda assim aproveitar o recurso da sarjeta para que o leitor preencha os vazios, gerando sua própria interpretação sem cair no non sequitur. Acredito que Alan Moore, reinterpretado por Grant Morrison duas décadas depois, conseguiu isso.
Pode não ser única interpretação, mas, pra mim, faz realmente todo o sentido, pois prefiro acreditar nisso do que num Batman gargalhando e botando os braços no ombrinho do maníaco sádico e homicida que aleijou sua amiga e matou seu "filho" como era interpretado canonicamente até então.
Por que é tão difícil mexer nesse cânone? Por que tantas respostas exacerbadas contra essa visão? Afinal de contas, o Batman pode sentar ou não pode? Em tempo, o próprio Bolland, coautor da obra e que teve acesso ao roteiro antes de ser desenhado, já havia levantado essa possibilidade desde 2008.
killing-joke-bolland-suggestion
Porém, na internet, estão rolando outras interpretações possíveis para o porquê do som ter terminado e os faróis da polícia terem se apagado. Aparentemente, o que os policiais presenciaram após Batman ter posto a mãozinha sobre o ombro do Coringa foi isso aqui:


* Porém, o melhor da piada é que, no penúltimo quadrinho da história, não é que o farol da viatura refletido na água não forma exatamente um facho de luz? Um facho de luz que depois é... apagado? 
Hein, entenderam a piada, hã, hã?!?

domingo, 11 de agosto de 2013

Super Dia dos Pais

batman liga da justica Andry Rajoelina 600x600 Liga da Justiça edição família
 Sequência de imagens feitas pelo ilustrador Andry Rajoelina para homenagear os heróis da Liga da Justiça levando seus filhos para a escola, como um presente especial neste dia dos pais para os fãs de HQ que já chegaram ou estão chegando nesta fase da vida também. 
superman liga da justica Andry Rajoelina 600x600 Liga da Justiça edição família
aquaman liga da justica Andry Rajoelina 600x600 Liga da Justiça edição família
arqueiro verde liga da justica Andry Rajoelina 600x600 Liga da Justiça edição família
É emblemático perceber que muitos dos "filhos" nada mais são que os herdeiros de tais heróis, muito condizente com a questão do Legado tão fortemente marcado nas histórias da DC Comics. O que nos traz a pergunta: "Será que a nossa imensa coleção que há tantos anos zelosamente guardamos será uma boa herança aos nossos filhos? Eles se interessarão por elas?"

Por outro lado, a imagem do Lanterna Verde levando um filho gerado apenas na força de vontade é bastante melancólica...
lanterna verde liga da justica Andry Rajoelina 600x600 Liga da Justiça edição família

Em contraste, o superacelerado Flash só podia levar seu pimpolho, como não poderia deixar de ser... correndo, é claro!
flash liga da justica Andry Rajoelina 600x600 Liga da Justiça edição família

Para finalizar, mesmo não sendo um pai, não podíamos deixar de mostrar a também icônica Mulher-Maravilha (e mais uma vez a representatividade majoritariamente masculina dos heróis é refletida nestas ilustrações, pois há apenas a imagem de uma heroína): 
mulher maravilha liga da justica Andry Rajoelina 600x600 Liga da Justiça edição família

Na verdade, a resposta para a pergunta que fiz acima pode ser resumida de tal forma: "Talvez eles não se interessem pelas revistas velhas e desgastadas, com folhas amareladas e cheirando a pó e mofo, mas os valores preconizados por estes heróis e suas virtudes serão sim um belo legado a deixar para os filhos".

Feliz dia dos pais!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Caros amigos,
   gostaria de anunciar que agora estou postando notícias nas páginas da Omninérdia, junto com outras duas pessoas. O enfoque lá é outro: mais notícias, posts mais curtos, e história em quadrinhos é apenas um dos assuntos a serem tratados dentro do grande espectro do que se diz nerd. Tentarei continuar postando comentários sobre HQs que li lá. E, eventualmente, quando me ocorrer de escrever algo maior e mais profundo sobre quadrinhos, voltarei a postar aqui.
   O blog ficção HQ continuará no ar, para que o material já escrito fique à disposição de todos. E o Rodrigo, que sempre veio escrevendo comigo neste espaço, continuará aqui também (além de me dar diversas sugestões de sobre o que escrever na Omninérdia).

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Abraços!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Perguntas que não querem calar...

- Se o Exterminador tem fator de cura, por que é caolho?



- Como é que a Mulher-Maravilha sabe onde está seu avião invisível? E quando sabe, como ela encontra a porta para entrar?

- Seria a Mulher-invisível a mulher mais satisfeita do universo Marvel?
- Se o Super-homem tem supervisão e superaudição, e visão de raio-X, como é que ele é pego de surpresa tantas vezes?
- Se o Super-homem é invulnerável, porque é que ele vive caindo pelos cantos, tonto com as pancadas que levou de algum vilão?

- Será que o Flash não é capaz de mais do que uma rapidinha?
- Se o Ajax é transmorfo, por que ele continua aparecendo careca, feio e verde?


- Se o Rhino fica preso dentro da sua armadura, como ele vai ao banheiro?
- Por que a maioria esmagadora dos personagens são brancos?
- Se o Coisa não tem orelhas, como é que ele escuta?



- Qual é o segredo da eterna juventude dos super-heróis?
- Quantos pedaços de kryptonita existem na Terra, afinal?
- Se o Super-homem tivesse um filho com a Mulher Maravilha, qual é o intermediário entre o aço e o barro?
- Como é que o anel do Lanterna Verde funcionava embaixo de uma lâmpada incandescente amarela?
- Onde o Wolverine guarda as garras quando o desenhista as faz maior que seu antebraço?


- Como o Eléktron consegue respirar quando fica do tamanho de um átomo, se uma molécula de oxigênio tem o dobro do seu tamanho?
- Como o Fanático e Tufão viram o pescoço com aqueles capacetes?

 

- Se a Mulher-Maravilha é invulnerável, porque ela se defende das balas com seus braceletes?
- Será que Hank Pym e a Janet já tiveram relações em suas formas de Gigante e Vespa ao mesmo tempo?
- Porque a Mulher-Gavião, vindo de um planeta tecnologicamente superior, usa armas medievais da Terra? E asas artificiais para voar?
- Por que a mania de usar cueca fora da calça nunca sai de moda?
- Se Namor é um ser que vive debaixo dágua, pra que diabos ele voa? De quem herdou as asinhas? E como é que asinhas de passarinho nos tornozelos sustentam ele no ar?


- Se os Inumanos não são humanos e vêm de um cultura completamente diferente, por que usam nomes da mitologia terrestre, como Medusa e Triton?
- Será que o Chamber tem a chance de comer um bife mal passado?



- Como o super-homem faz pra congelar as coisas com seu supersopro sem jogá-las longe, ou soprar as coisas longe sem congelar?
- Como diabos ninguém questionou quando o Visão, um robô, teve filhos??? E nenhum deles era sequer vermelhinho... Será que ninguém confiava muito na fidelidade da Wanda e deixaram quieto?
- Como a máscara do Sr. Milagre entra na boca dele?


- Como o Tocha Humana respira quando está em chamas se todo o oxigenio ao seu redor está em combustão?
- O Manto já pegou ou não a Adaga?
- Por que as pessoas que são presas com gelo, ou mesmo congeladas, nunca sentem frio?
- Como é que o Motoqueiro pronuncia o "p" e o "b", se são sons bilabiais?


- Por que todos os personagens estrangeiros só falam na língua natal quando falam "oi", "tchau", "sim", "não", "amigo" ou "colega"?
- Por que todos os alienígenas só invadem a Terra pelos Estados Unidos?
- Afinal de contas, quantas flechas cabem naquela aljava do Gavião Arqueiro?
- De onde é mesmo que o Batman tira o escudo?


  Obviamente, não consegui esgotar o tema. Se você também tiver uma perguntinha que te tira o sono, acrescente nos comentário!